Cafezinho de manhã, de tarde e à noite: a relação entre o consumo de cafeína e a ansiedade
- Isadora Fajardo

- 30 de jan.
- 2 min de leitura
Uma metanálise publicada na Frontiers in Psychology em 2024 investigou se o consumo de cafeína pode estar relacionado ao aumento do risco de ansiedade, dependendo da dose. Os pesquisadores analisaram dados de oito estudos, que incluíram 546 participantes saudáveis, com diferentes níveis de ingestão de cafeína e mensuração dos sintomas de ansiedade.
As doses de cafeína foram divididas em duas categorias: baixa (<400mg) e alta (≥400mg), já que a FDA recomenda que a ingestão diária de cafeína por meio do café seja inferior a 400mg. A conclusão da pesquisa foi clara: independentemente da quantidade consumida, a ingestão diária de cafeína está significativamente associada ao aumento do risco de ansiedade em indivíduos saudáveis.
Agora, eu, como boa mineira e apaixonada por café, confesso que já estou tentando controlar o meu consumo de cafeína ao longo do dia. Embora o café tenha um papel social fundamental — ele é pausa, é afeto, é aconchego —, parar para um cafezinho é, sem dúvida, um carinho na alma, não é mesmo?
O transtorno de ansiedade faz com que as pessoas vivenciem medos e preocupações excessivas, que muitas vezes vêm acompanhados de sintomas físicos intensos, como tensão muscular, coração acelerado, pensamentos acelerados, inquietação, tremores ou dormência nos membros, e até mesmo sensação de falta de ar. Essas experiências podem variar em intensidade, mas, de qualquer forma, são desconfortáveis e muito angustiantes — difíceis de controlar. Se não forem tratadas adequadamente, essas condições podem durar por longos períodos.
Os transtornos de ansiedade têm um impacto significativo na vida de quem os vivencia, prejudicando não apenas as atividades cotidianas, mas também as relações familiares, sociais, escolares e profissionais. Por isso, a pesquisa sobre a ligação entre o consumo de cafeína e a ansiedade tem grandes implicações para a saúde pública, ajudando a orientar estratégias de prevenção e tratamento.
Portanto, o cafezinho tem, sem dúvida, seu lugar em nosso dia-a-dia. No entanto, flexibilizar a forma como cultivamos os momentos sociais e de aconchego proporcionados por ele pode ser uma escolha valiosa para o bem-estar — tanto físico quanto emocional.




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