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Por que desacelerar é o novo autocuidado?

  • Foto do escritor: Isadora Fajardo
    Isadora Fajardo
  • 29 de jan.
  • 2 min de leitura

Desacelerar é poder falar sobre mindfulness, aquele estado de presença onde deixamos o passado e o futuro onde estão e focamos no agora. Não é um truque, mas um movimento interno que transforma nossa relação com o tempo e com nós mesmos. Quando estamos atentos ao momento presente, nossa mente se torna mais clara, mais saudável e nossa aliada.

Mas será que é tão simples assim? Quando você está indo para o trabalho, já se pegou pensando em tudo o que vai fazer depois? O que vai acontecer no restante do dia, da semana? De repente, você chega no destino, e aquele trajeto de 20 minutos parece ter durado 5. Onde foi que você estava enquanto caminhava? O quanto de vida você não viveu nesse caminho, só por não ter parado para perceber?


A sensação de estar sempre "fazendo" ou "produzindo" é quase uma imposição contemporânea. Vivemos em um ciclo de constante movimento, e a ideia de "não produzir" — de simplesmente ser e estar — parece algo quase revolucionário. Mas essa é uma conversa para outro momento. Por agora, voltemos à atenção plena.


Essa falta de presença pode ser um dos maiores combustíveis da ansiedade. Quando estamos no modo automático, deixamos os detalhes da vida escaparem entre os dedos, e nos afastamos daquilo que realmente importa. Não perceber o que é essencial pode fazer a busca pelo sentido da vida parecer mais difícil, mais complexa, e talvez seja por isso que ela está, de fato, mais difícil hoje. Estamos sobrecarregados com a urgência do futuro e com as memórias do passado. E o presente? Ele escapa.


Práticas como yoga, meditação, simplesmente observar o céu ou ouvir o vento, são exercícios de desaceleração. Prestar atenção na sua respiração enquanto se exercita, ou no sabor dos alimentos enquanto os saboreia pode ser incrível, imagina fazer o skincare e prestar atenção em cada detalhe seu. Isso sim é um luxo. Sim, o verdadeiro luxo é a atenção que damos a nós mesmos, ao nosso corpo, à nossa mente, ao momento que se desdobra diante de nós.


E talvez, desacelerar seja o maior auto cuidado que podemos nos oferecer.

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